quarta-feira, 17 de março de 2010

Reflexão sobre as potencialidades do blog

Reflexão sobre as potencialidades e as limitações dos Blogs


O uso das novas tecnologias online deve ter sempre em conta as limitações e potencialidades de forma a tirarmos uma mais valia na sua utilização.
Os blogs, tal como outras ferramentas têm vantagens e desvantagens.
Os blogs têm a vantagem de poderem ser construídos sem os seus autores saberem construir páginas para a Internet ou outras ferramentas informáticas que requerem mais conhecimentos específicos da área.
Assim um blog é um instrumento acessível qualquer cidadão quer na perspectiva de visitante e participante quer como autor/”proprietário”. Os blogs podem ser construídos tendo como base um público- alvo ou não.
No caso dos professores e das Escolas na perspectiva organizacional, podemos pensar na construção de blogs para professores, alunos, Encarregados de Educação e/ou comunidade Educativo em geral, como por exemplo:
Apresentação das várias etapas de um projecto educativo de um ou mais professores,
Preparação de encontros em Educação,
Reflexão em torno de temas educativos,
Apresentação de projectos/trabalhos realizados por (em grupo ou individualmente),
Criação de um jornal escolar online, divulgação das actividades de um clube de escola
Apoio a uma disciplina.

terça-feira, 16 de março de 2010

Bullying nas Escolas Portuguesas

"Do rio que tudo arrasta se diz que é violento.
Mas nínguém diz violentas as margens que o comprimem".
Bertolt Brecht

O Bullying nas Escolas Portuguesas está na ordem do dia em quase todos os jornais diários e semanários.

Mas afinal o que é o Bullying?
Qual a diferenças entre as "normais richas" entre os jovens na adolescência observadas em todas as gerações, pelo menos desde o sec. xx, nas nossas escolas e em outros locais da sociedade onde jovens se reunem para diferentes actividades e o Bullying?

Como actuar a Escola Portuguesa, enquadrada no regime jurídico que a rege?

Quem nas escolas deve intervir para minimizar os efeitos de toda esta violência registada e que segundo fontes do Ministério da Educação tem vindo a aumentar nos últimos tempos e ainda prevê, a mesma fonte, que com o alargamento da escolaridade obrigatória ao 12º ano o fenómeno aumente?

O "paper", apresentado em seminário, pela Sra. Doutora Susana Carvalhosa, faz bem a distinção entre bullying e agressões entre jovens e ainda caracterizou os traços de personalidade de quem normalmente é vítima de bullying.

No entanto definido de forma simples podemos dizer que bullying significa o exercício da violência de forma recorrente dos mais fortes sobre os mais fracos.

Também, a psicóloga, Dra Helena Sampaio, da associação Portuguesa de Apoio à vítima (APAV) elencou as principais características das vítimas de bullying:
- Grande timidez
-Dificuldade de fazer amigos
-Baixa auto-estima
-Sinais de tristeza
Normalmente depois deterem sido iniciados nas agressões, as vítimas mostram alterações de humor, pesadelos, insónias, choro frequente ou explosões de temperamento,recusa-se a sair de casa e sucedem-se os pedidos de mais dinheiro e de não ir à escola.

Quanto ao perfil do agressor, a mesma psicóloga elencou as seguintes características:
- Agressivos
- Fisicamente mais fortes
- Capacidade de liderança de grupos
- Provenientes de famílias com pouco afecto
- O agressor apresenta normalmente têm problemas de saúde mental.

Quem pode detectar de forma privilegiada na Escola, a destrinça entre estes dois tipos de violência praticados entre jovens ?

Penso que em primeiro lugar estão os professores e imediatamente a seguir os agentes operacionais (vulgo contínuos).

Mas detectar não chega!
O que é importante é saber, é como agir perante os fenómenos e quais os instrumentos que a escola dispôe para os resolver?

Podemos dizer que existem procedimentos que a Escola pode tomar,desde que os Encarregados de Educação aceitem a autoridade da Escola e que as mesmas sejam apetrechadas com mais poderes e outros dispositivos, como exemplo montagem de circuitos de videovigilância e a introdução do uso do cartão magnético de forma eficaz e devidamente controlados por agentes operacionais. Para que tal aconteça, é necessário que o Ministério da Educação adopte uma política mais ajustada às necessidades das Escolas no que concerne à contratação de agentes operacionais para que as mesmas possam adoptar o modelo mais adequado à sua escola de forma a que os espaços escolares estejam sob vigilância eficaz e em especial durante os intervalos das aulas.
No entanto, a Sra. Dra. Paula Peneda (responsável pelo gabinete Coordenador de Segurança Escolar) afirmou ao jornal Expresso em13/03/2010, que os fenómenos de Bullying "inicialmente surgiam mais durante os recreios e, por isso, a nossa preocupação centrava-se muito na vigilância desses espaços. Com o fim dos "furos" as aulas de substituição e a escola a tempo inteiro passámos a ter mais ocorrência na sala de aula.....O que constato é que há uma grande pressão dentro da sala de aula e aumentaram as injúrias aos professores".
Na minha opinião, é uma ilusão pensar que os alunos não têm recreios e espaços livres, apesar da implementação das aulas de substituição.
Segundo dados da APAV registaram-se, em 2009, apenas treze casos, não tendo o Ministério da Educação números dos casos dos alunos que perante estas circunstâncias pediram a mudança de Escola e acresce ainda o facto registado na entrevista acima referida à Sra. Dra. Paula Peneda que quando a jornalista lhe pergunta por é que o Bullying não aparece como categoria nas participações das escolas responde" Porque o fenómeno é dificil de qualificar. Aqui no Ministério,à distância, não conseguimos avaliar se uma agressão é ou não um acto de Bullying".
Na minha opinião é nas escolas e nas famílias que está parte da solução destes problemas.Cada um tem que desempenhar o seu papel.









Paper sobre o bullyng nas escolas portuguesas , autora Doutora Susana Carvalhosa (2008)

Gerir a Crise da gula


Caros Colegas

Venho partilhar convosco uma das soluções que encontrei quando me confronto com iguarias culinárias irresistíveis.
Aproveitem que vale a pena.

Gerir a Crise com estas iguarias








Quando não registimos às tentações como as imagens ilustram, somos resignados a ir ao médico mais tarde ou mais cedo.
O médico, por sua vez, informa-nos que estamos obesos, o que nós não sabíamos porque os nossos espelhos são sempre enganadores.
O médico também nos informa dos vários inconvenientes de estarmos nessa faixa e recomenda-nos a solução para o nosso caso: Um nutricionista!
O nutricionista ,por sua vez, depois do indagar o nosso peso e tirar as nossa medidas oferece-nos uns papeis com os deveres a cumprir: Comer muitas vezes ao dia, beber muita água, não comer nada daquilo que nós normalmente gostamos e muito menos alimentos apresentados nas imagens.E como isso já não bastasse para nos deixar deprimidos, manda-nos ainda para o ginásio.
No ginásio, por sua vez, recomendam-nos um conjunto de exercícios que nos deixam prontos para ir descansar o resto do dia e como isto não bastasse mandam-nos repetir a dose todos os dias.
Como tudo isto é incompatível com um profissão que já nos deixa "de gatas" no final do dia, resolvi pensar numa solução mais adequada às circuntâncias e como sou boa colega vou partilha-la comvosco já no próxima mensagem.






segunda-feira, 15 de março de 2010

Uma ajuda para gerir a crise: A Fundação Francisco Manuel dos Santos

Caros Colegas

Para gerir qualquer crise económica nada melhor que começar por conhecer a realidade em números.
A partir da realidade retratada por números podemos desenvolver estratégias, traçar planos a curto, médio e longo prazo e até escolher as metodologias que entendamos mais adequadas para a sua resolução.

O grupo económico Jerónimo Martins e Pingo Doce criou uma fundação milionária em homenagem ao avó materno, o grande impulsionador deste grupo económico familiar, que se intitula "A Fundação Francisco Manuel dos Santos", que por sua vez liderada pelo Doutor António Barreto.
Esta fundação pretende "estudar os grandes temas nacionais, promover e aprofundar o conhecimento da realidade portuguesa de forma a contribuir para o desenvolvimento da sociedade, o reforço dos direitos dos cidadãos e a melhoria das instituições publicas" (site da Fundação, 16/03/2010.

O primeiro projecto visível foi a criação de uma base de dados de estatísticas, acessível, disponível e de forma gratuita para todos os interessados.

Por esta base de dados, como disse Nicolau Santos ao jornal Expresso, em 27/02/2010,"A Pordata....ajuda a perceber melhor os números de que Portugal é feito".
Aqui vos vos deixo o endereço.

Fundação Francisco Manuel dos Santos
Rua Tierno Galvan, Torre 3- 9º andar J
Lisboa, 1070-274
Telefone:213814487
mail:ffms@ffms.pt

http://www.pordata.pt/azap_runtime/

domingo, 14 de março de 2010

No dia da mulher escolhi uma mulher Portuguesa que soube Gerir a Crise

No dia da mulher escolhi uma Mulher Portuguesa que soube Gerir a Crise,de forma implacável que ficou ligada à História da Vinha e do Vinho de Portugal.
Refiro-me à Senhora Dona Antónia Adelaide Ferreira(1811-1897), conhecida pela "Ferreirinha", "Santa" e "mãe dos pobres".


Nasceu perto do Peso da Régua,numa aldeia chamada Godim em 1811, no seio de uma família abastada do Norte com créditos no cultivo da vinha para vinho do Porto, onde passou os primeiros anos de vida até casar, por conveniência da família, com um primo boémio e mulherengo que havia de a deixar viúva com trinta e três anos, duas filhas e herdeira de uma fortuna para administrar.
Por opção decide administrar sózinha a sua fortuna tornando-se uma empresária vinhateira, negociando,controlando e investindo na replantação de vinhedos na região do Douro.

Ficou famosa pela dedicação ao cultivo do vinho do Porto onde introduziu notáveis inovações.
Com o apoio do administrador José da Silva Torres, mais tarde seu segundo marido, Adelaide Ferreira lutou contra a falta de apoios dos sucessivos governos, mais interessados em construir estradas e comprar vinhos a Espanha. Lutou contra a doença da vinha, a filoxera e deslocou-se a Inglaterra para se informar de meios mais modernos de combate à moléstia, bem como processos mais sofisticados de produção do vinho. A "Ferreirinha" , como era conhecida, investiu em novas plantações de vinhas em zonas mais expostas ao Sol, não descurando as plantações de oliveiras, amendoeiras e cereais. A Quinta do Vesúvio, a mais famosa das suas propriedades era por ela percorrida e vigiada de perto. Em 1849 a produção vinícola era já de 700 pipas de vinho. Mercê de bons acordos, grande parte dos vinhos foi exportada para o Reino Unido, ainda hoje o primeiro importador de Vinho do Porto.
O seu último investimento realizou-se em 1887, que consistiu em mandar plantar vinha no Monte Meão,onde mais tarde sairá as uvas que farão o famoso vinho "Barca Velha".
Deixou 3 filhos, José, António e Francisco. José e António tiveram respectivamente uma filha, Antónia Adelaide, e um filho, António Bernardo, que casaram em 1834. Deste casamento têm 3 filhos, Maria d`Assunção (mais tarde condessa de Azambuja), um rapaz, de seu nome António Bernardo, e Maria Virgínia (tendo morrido em menina).
Em 1880 fica novamente viúva mas este seu descontentamento não a impossibilitou de continuar a obra de benfeitoria que havia começado, com os hospitais de Vila Real, Régua, Moncorvo e Lamego. .
Morreu já octogenária, bastante mais rica do nascera, deixando uma fortuna avaliada em 5,907 323$000 reis,conseguindo que as suas trinta quintas produzissem cerca de 1500 pipas de vinho por ano, incluindo ainda no seu espólio, palácios bem recheados de obras de arte, joias, títulos de crédito e dinheiro.
D. Antónia é sem dúvida uma das maiores, se não a maior, personagem na história da região do Douro e do Vinho do Porto.